Varejista americana investe em robô para melhorar atendimento dos consumidores
Já imaginou chegar em uma loja e ser atendido por um robô, capaz de mostrar onde estão os produtos tanto pelo comando de voz quanto por uma tela em que é possível digitar o item buscado? Essa é uma experiência que está sendo implantada pela Lowe’s, que atua no ramo de necessidades para residências e eletrônicos. A companhia atende cerca de 17 milhões de consumidores por semana em suas lojas distribuídas no Canadá, México e Estados Unidos e conta com 290 mil colaboradores, com mais de US$ 65 bilhões de vendas no ano fiscal de 2016.
Ao todo, a companhia levou quase dois anos para colocar o Lowebot, como foi apelidado, em operação. A ideia é que o cliente localize produtos sem precisar do auxílio de terceiros. Dessa forma, as pessoas que precisarem do apoio de um funcionário para tirar dúvidas terão mais tempo e dedicação deste pessoal, sem interrupções de outros clientes que apenas querem saber onde está o produto.
O Lowebot, contudo, tem funções muito mais amplas do que simplesmente guiar consumidores pelas lojas. Ele foi desenvolvido para fazer o monitoramento contínuo e diário dos estoques, emitindo feedbacks do inventário. Assim, a companhia evita perder vendas – como acontece nos supermercados – por falta de itens em uma loja, simplificando o planejamento dos gestores.
Testes
Os robôs foram introduzidos em lojas da marca desde o ano passado, começando por unidades localizadas na região da Califórnia, nos Estados Unidos. O propósito da empresa é sentir como será o funcionamento do robô – se realmente encontra itens do inventário – e qual é a interação do público com essa nova tecnologia. “Por quase dois anos, nós estudamos como um robô pode auxiliar consumidores mais efetivamente a navegar pela loja, além de apoiar no levantamento do inventário”, afirmou Kyle Nel, diretor-executivo do Laboratório de Inovação da Lowe’s, em texto divulgado pela empresa.
A ideia foi desenvolvida em parceria com uma startup, a Fellow Robots. “Nós desenvolvemos o robô para tornar a experiência de compra mais fácil para os consumidores, simplificando o processo de encontrar um produto, enquanto mantém o inventário atualizado”, explicou Marco Mascorro, CEO da Fellow Robots. “Dessa forma, os colaboradores da Lowe’s podem dar a atenção necessária aos consumidores, providenciando um atendimento mais personalizado”, destacou.
Tecnologias envolvidas
Nem a Lowe’s ou a Fellow Robots esclarecem o funcionamento do robô em termos de hardware ou software. Mas uma iniciativa dessa só é possível com a mescla de várias tecnologias, como o uso de dado pelas empresas (Big Data), a Internet das Coisas, RFID, entre tantas outras possibilidades. “Não se trata da criação de algo novo, mas do uso distinto dessa tecnologia para gerar benefícios aos consumidores e às lojas”, avalia Bruno Zimmermann, um dos sócios da Bz Tech, e-commerce especializado em automação comercial.
Outros usos da tecnologia
A utilização de novas tecnologias nas lojas físicas não é uma novidade. A Amazon, por exemplo, lançou um conceito de loja inteligente, chamada de Amazon Go. A ideia é que o cliente possa selecionar os produtos desejados e fazer a cobrança automaticamente ao sair da loja, sem a necessidade de enfrentar filas ou caixa.
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